sábado, 31 de outubro de 2009
Gente
Alma de Sacerdotisa
Duas colunas me sustentam e me resguardam.
Pois conheço os Mistérios da Noite e conheço os Mistérios do Dia.
Conheço mais que os Mistérios Sagrados: conheço seus mistérios ainda não revelados.
Conheço seus mistérios e o guio com sabedoria, mas mantenha-se à distância.
Meu corpo não te pertence, ainda que todo o meu conhecimento te seduza como um homem diante da mais bela e nua mulher.
Não é para lhe dar prazer que me encontro em seu caminho - mesmo que os Mistérios do Prazer façam parte dos meus conhecimentos.
Poderia ser sua mais excitante amante - nunca e jamais nada além de sua amante -, mas prefiro ser sua guia nesta importante e intensa viagem ao fundo do ser.
- FONTE: http://sagrado-feminino.blogspot.com/ -
(Ilustração: WATERHOUSE, John William – “Circe offering the cup to Odysseus”)
Em Busca Do Sonho
Quem ousa ter um projeto em sua vida, que ousa largar tudo para viver sua Lenda Pessoal, acabará conseguindo. O importante é manter o fogo no coração, e ter fibra para ultrapassar os momentos difíceis.
Lembrem-se: o desejo que está em nossa alma não veio do nada; Alguém o colocou ali. E este Alguém, que é puro amor e deseja apenas nossa felicidade, só fez isso porque nos deu, junto com o desejo, as ferramentas para realizá-lo.
- Paulo Coelho, “Guerreiro da Luz Online” –
(Ilustração: Red Sonja)
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Uma Prova De Amor
Pede que eu mando parar
Manda que eu faço de tudo meu amor pra te agradar
Uma prova de amor
Uma prova de amor eu dou se você quiser
Uma prova de amor eu dou se preciso for
Uma prova de amor eu dou quem sabe assim
Você vê todo o bem que tem dentro de mim
Uma prova de amor pra ver sua razão,
e aprender se curvar pro coração
Faço tudo pra ter você por perto
Faço tudo pra ser merecedor
Eu tiro até água do deserto
O meu coração está tão certo
Que vai ser o dono desse amor
Existia um vazio em minha vida
Existia a tristeza em meu olhar
Eu era uma folha solta ao vento
Sem vida, sem cor, sem sentimento
Até seu perfume me alcançar
Manda que eu faço chover
Pede que eu mando parar
Manda que eu faço de tudo meu amor pra te agradar
Manda que eu faço chover
Pede que eu mando parar
Manda que eu faço de tudo só pra não te ver chorar
Uma prova de amor...
(Em algum lugar do passado, aprendi a ouvir e apreciar a poesia de Zeca Pagodinho... )
domingo, 25 de outubro de 2009
Minha Missão
Quando eu canto
É para aliviar meu pranto
E o pranto de quem já
Tanto sofreu
Quando eu canto
Estou sentindo a luz de um santo
Estou ajoelhando
Aos pés de Deus
Canto para anunciar o dia
Canto para amenizar a noite
Canto pra denunciar o açoite
Canto também contra a tirania
Canto porque numa melodia
Acendo no coração do povo
A esperança de um mundo novo
E a luta para se viver em paz!
Do poder da criação
Sou continuação
E quero agradecer
Foi ouvida minha súplica
Mensageiro sou da música
O meu canto é uma missão
Tem força de oração
E eu cumpro o meu dever
Aos que vivem a chorar
Eu vivo pra cantar
E canto pra viver
Quando eu canto, a morte me percorre
E eu solto um canto da garganta
Que a cigarra quando canta morre
E a madeira quando morre, canta!
“A música me ama, ela me deixa fazê-la. A música é uma estrela, deitada na minha cama. Ela me chega sem jeito, quase sem eu perceber. Quando me dou conta e vou ver, ela já entrou no meu peito. No que ela entra a alma sai, fica meu corpo sem vida. Volta depois comovida, e eu nunca soube onde vai. Meu olho dana a brilhar. Meu dedo corre o papel, e a voz repete o cordel que se derrama do olhar. Fico algum tempo perdido até me recuperar, quase sem acreditar se tudo teve sentido. A música parte e eu desperto pro mundo cruel que aí está. Com medo de ela não mais voltar. Mas ela está sempre por perto. Nada que existe é mais forte e eu quero aprender-lhe a medida, de como compõe minha vida, que é para eu compor minha morte.”
- Paulo César Pinheiro & João Nogueira -
(Ilustração: Sarah Brightman)
O Auto-Retrato
No retrato que me faço
- traço a traço –
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...
às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...
e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco –
minha eterna semelhança,
no final, que restará?
Um desenho de criança...
Terminado por um louco!
- Mário Quintana –
(Ilustração: Stuart Townsend as Dorian Gray in “The League of Extraordinary Gentlemen”)
Naufrágio
- Celia Piovesan -
sábado, 24 de outubro de 2009
Sonho Impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite provável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Ninguém Acredita
Conta a lenda que, logo após sua Iluminação, Buda resolveu passear pelos campos. No caminho, encontrou um lavrador, que ficou impressionado com a luz que emanava do mestre.
- Meu amigo, quem é você? - perguntou o lavrador. – Pois tenho a sensação que estou diante de um anjo, ou de um Deus.
- Não sou nada disto - respondeu Buda.
- Quem sabe você é um poderoso feiticeiro?
- Tampouco.
- Então, o que o faz ser tão diferente dos outros, a ponto de um simples camponês como eu ser capaz de notar isto?
- Sou apenas alguém que acordou para a vida. Nada mais. Mas falo isto para todo mundo, e ninguém acredita.
- Paulo Coelho, do site "Guerreiro da Luz Online" -
(Ilustração: Buda)
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
domingo, 4 de outubro de 2009
Coração Pirata
sábado, 3 de outubro de 2009
A Vingança
Você considera a vingança como um ato de coragem ou de covardia?
Algumas pessoas acreditam que a vingança é uma demonstração de grande coragem. Afinal de contas não se pode tolerar uma afronta sem se rebaixar.
Pensam que a tolerância e a indulgência seriam prova de fraqueza ou de covardia.
Todavia, temos de convir que o ato de vingar-se jamais constitui prova de coragem.
Geralmente, quando buscamos revidar uma ofensa o fazemos movidos pelo medo do agressor ou da opinião pública.
Não importa que a nossa consciência nos acuse de covardia ou indignidade, o que nos interessa é que a sociedade não nos julgue assim.
O mesmo não ocorre com relação ao ato de perdoar. O perdão, sim, exige do ofendido muita coragem e dignidade.
Enquanto a vingança é uma ladeira fácil de descer, o perdão é uma ladeira difícil de subir.
Algumas pessoas costumam enfrentar corajosamente os mais graves perigos, mas sentem-se impotentes para tolerar uma pequena ofensa.
Escalam, com ousadia, altas montanhas, saltam de pára-quedas desafiando as alturas, enfrentam animais ferozes, aceitam os desafios do trânsito, navegam em mar revolto com bravura, mas não conseguem suportar um mínimo golpe da injustiça.
Dão grande prova de coragem em alguns pontos, mas não relevam a investida da ingratidão, da calúnia, do cinismo, da falsidade, da infidelidade.
Realmente fortes são aqueles que conseguem conter-se diante de uma agressão.
A verdadeira fortaleza está nas almas que não se descontrolam quando são ofendidas.
Que não se impacientam quando são incomodadas.
Que não se perturbam, quando são incompreendidas.
Que não se queixam, quando são prejudicadas.
Verdadeira coragem é aquela de que o cristo nos deu o exemplo.
Ele sofreu a ingratidão daqueles a quem havia ajudado, enfrentou o cinismo dos agressores, foi ultrajado, caluniado, cuspiram-Lhe no rosto e O crucificaram, e Ele tomou uma única atitude: a do perdão.
Por várias vezes, em sua passagem pela terra, o Homem de Nazaré teve motivos de sobra para revidar ofensas, mas sempre optou pela dignidade de calar-se.
Diante das agressões recebidas, o Meigo Rabi da Galiléia passava lições grandiosas, como aconteceu com soldado que O esbofeteou quando estava de mãos amarradas.
Sem perder a serenidade habitual, o cristo olhou-o nos olhos e lhe perguntou: “se eu errei, aponta meu erro, mas se não errei, por que me bates?”
Essa é a atitude de uma alma verdadeiramente grande.
Pense nisso!
- Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no cap. 15 do livro Primado do Espírito, de Rubens Romanelli –
(Ilustração: ‘V de Vingança’)
Sereníssima (trecho)
Giz
Mesmo sem te ver
Acho até que estou indo bem
Só apareço, por assim dizer
Quando convém aparecer
Ou quando quero
Quando quero
Desenho toda a calçada
Acaba o giz, tem tijolo de construção
Eu rabisco o sol que a chuva apagou
Quero que saibas que me lembro
Queria até que pudesses me ver
És parte ainda do que me faz forte
E, pra ser honesto,
Só um pouquinho infeliz
Mas tudo bem
Tudo bem, tudo bem...
Lá vem, lá vem, lá vem
De novo:
Acho que estou gostando de alguém
E é de ti que não me esquecerei
Quando quero....
Quando quero...
Quando quero...
Eu rabisco o sol que a chuva apagou...
Acho que estou gostando de alguém...
- Legião Urbana -
Minha Vida
Tem lugares que me lembram
Minha vida, por onde andei
As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei...
Cenas do meu filme
Em branco e preto
Que o vento levou
E o tempo traz
Entre todos os amores
E amigos
De você me lembro mais...
Tem pessoas que a gente
Não esquece, nem se esquecer
O primeiro namorado
Uma estrela da TV
Personagens do meu livro
De memórias
Que um dia rasguei
Do meu cartaz
Entre todas as novelas
E romances
De você me lembro mais...
Desenhos que a vida vai fazendo
Desbotam alguns, uns ficam iguais
Entre corações que tenho tatuados
De você me lembro mais
De você, não esqueço jamais...
- John Lennon & Paul Mac Cartney -