Sou o que sobrou do brilho intenso que teus olhos mostravam
E não me restou nada a não ser a escuridão dos sonhos
E nem dos anjos que imaginávamos voar
Sobraram as asas para agarrarmos
E como no primeiro poema
Em que olhei minhas mãos e as imaginei velhas e enrugadas
Do tempo perdido com um amor que não existia
Elas ainda envelhecem sem nenhuma outra a lhe apertar com carinho
E vendo os anos passando, e seus invernos sem fim
Por vezes creio que as verei gélidas
Balançando solitário na única cadeira de balanço da varanda
Vendo o pôr do sol e a noite chegar
E a morte que se anuncia como nó na garganta
Do mesmo tempo que achamos ser eterno
Não sai mais com um grito de amor
Então me aconchego entre os trapos de tecido e os da alma
E balanço-me esperando a juventude de um coração que ainda bate
E tem apenas um ritmo quando das suas recordações me lembro
A morte talvez me encha de esperança
A morte física do desprender desse corpo que sofre
Pois vivo o balanço do meu corpo já morto pela falta da luz que vinha de seus olhos
E do sorriso que alegrava os dias
Um homem não é mais que seus sonhos
Um homem não é nada sem amor
Um amor sem sonhos é como homem sem alma
Sem sua alma não existo, não existe sonhos... nem amor
As estrelas agora me fazem companhia
Neste lugar em que ter um corpo não importa
Então em sonho sobrevôo teu corpo e teu toque
E de desejo em desejo, descanso em teu ventre
A idade não me impede de sonhar, de ser feliz
Apenas o acordar é destruidor
Permita-me então dormir eternamente... num sonho amante
De almas entrelaçadas
E corações vivos
Não me acorde mais...
O que percebi nesses anos todos?
O tempo sugou-nos... e só restou a mim
Um velho corpo morto de uma alma que não viveu
A balançar-me entre cobertores, em nossa varanda...
- Fabricio Marchi -
E não me restou nada a não ser a escuridão dos sonhos
E nem dos anjos que imaginávamos voar
Sobraram as asas para agarrarmos
E como no primeiro poema
Em que olhei minhas mãos e as imaginei velhas e enrugadas
Do tempo perdido com um amor que não existia
Elas ainda envelhecem sem nenhuma outra a lhe apertar com carinho
E vendo os anos passando, e seus invernos sem fim
Por vezes creio que as verei gélidas
Balançando solitário na única cadeira de balanço da varanda
Vendo o pôr do sol e a noite chegar
E a morte que se anuncia como nó na garganta
Do mesmo tempo que achamos ser eterno
Não sai mais com um grito de amor
Então me aconchego entre os trapos de tecido e os da alma
E balanço-me esperando a juventude de um coração que ainda bate
E tem apenas um ritmo quando das suas recordações me lembro
A morte talvez me encha de esperança
A morte física do desprender desse corpo que sofre
Pois vivo o balanço do meu corpo já morto pela falta da luz que vinha de seus olhos
E do sorriso que alegrava os dias
Um homem não é mais que seus sonhos
Um homem não é nada sem amor
Um amor sem sonhos é como homem sem alma
Sem sua alma não existo, não existe sonhos... nem amor
As estrelas agora me fazem companhia
Neste lugar em que ter um corpo não importa
Então em sonho sobrevôo teu corpo e teu toque
E de desejo em desejo, descanso em teu ventre
A idade não me impede de sonhar, de ser feliz
Apenas o acordar é destruidor
Permita-me então dormir eternamente... num sonho amante
De almas entrelaçadas
E corações vivos
Não me acorde mais...
O que percebi nesses anos todos?
O tempo sugou-nos... e só restou a mim
Um velho corpo morto de uma alma que não viveu
A balançar-me entre cobertores, em nossa varanda...
- Fabricio Marchi -
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