Um dia, alguém colocou um galho cheio de espinhos no meu caminho...
Sofri...
Machuquei-me...
Perdi a auto-estima...
Impossível evitar as feridas...
Plantei esse galho no meu jardim interior.
O galho murchou e à sua volta,
muito capim, muita erva daninha...
Mas os espinhos, vivos permaneceram...
Continuaram ferindo-me a alma...
Algum tempo depois, o galho brotou
mostrando que não morrera...
E vieram folhas...
E quantas flores vieram alegrar o meu jardim!
Fiz questão de escolher o mais belo dos botões
para retribuir o presente do galho cheio de espinhos...
Enviei junto o melhor dos meus sorrisos...
Meu jardim interior não deixará de florir...
O sofrimento maltrata, mas, hoje, cultivo flores...
Tento esquecer as cicatrizes que os espinhos deixaram...
Quando olhá-las, lembrarei...
Mas já não doem mais...
Encaro a dor como trampolim para a felicidade.
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