sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Espinhos...

Um dia, alguém colocou um galho cheio de espinhos no meu caminho...

Sofri...

Machuquei-me...

Perdi a auto-estima...

Impossível evitar as feridas...

Plantei esse galho no meu jardim interior.

O galho murchou e à sua volta,

muito capim, muita erva daninha...

Mas os espinhos, vivos permaneceram...

Continuaram ferindo-me a alma...

Algum tempo depois, o galho brotou

mostrando que não morrera...

E vieram folhas...

E quantas flores vieram alegrar o meu jardim!

Fiz questão de escolher o mais belo dos botões

para retribuir o presente do galho cheio de espinhos...

Enviei junto o melhor dos meus sorrisos...

Meu jardim interior não deixará de florir...

O sofrimento maltrata, mas, hoje, cultivo flores...

Tento esquecer as cicatrizes que os espinhos deixaram...

Quando olhá-las, lembrarei...

Mas já não doem mais...

Encaro a dor como trampolim para a felicidade.

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