Um dia Oxum Ipondá conheceu o caçador Erinlé e por ele se apaixonou perdidamente. Mas Erinlé não quis saber de Oxum. Oxum não desistiu e procurou um babalaô. Ele disse que Erinlé só se sentia atraído pelas mulheres da floresta, nunca pelas do rio. Oxum pagou o babalaô e arquitetou um plano: embebeu seu corpo em mel e rolou pelo chão da mata. Agora sim, disfarçada de mulher da mata, procurou de novo o seu amor. Erinlé se apaixonou por ela no momento em que a viu.
Um dia, esquecendo-se das palavras do adivinho, Ipondá convidou Erinlé para um banho no rio. Mas as águas lavaram o mel de seu corpo e as folhas do disfarce se desprenderam. Erinlé percebeu imediatamente como tinha sido enganado e abandonou Oxum para sempre. Foi-se embora sem olhar para trás.
Oxum estava grávida; deu à luz Logum Edé. Logum Edé é metade Oxum, a metade rio, e é metade Erinlé, a metade mato.
Suas metades nunca podem se encontrar e ele habita num tempo o rio e noutro tempo habita o mato. Com o ofá, arco e flecha que herdou do pai, ele caça.
No abébé, espelho que recebeu da mãe, ele se mira.
[ Lenda 64 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Um dia, esquecendo-se das palavras do adivinho, Ipondá convidou Erinlé para um banho no rio. Mas as águas lavaram o mel de seu corpo e as folhas do disfarce se desprenderam. Erinlé percebeu imediatamente como tinha sido enganado e abandonou Oxum para sempre. Foi-se embora sem olhar para trás.
Oxum estava grávida; deu à luz Logum Edé. Logum Edé é metade Oxum, a metade rio, e é metade Erinlé, a metade mato.
Suas metades nunca podem se encontrar e ele habita num tempo o rio e noutro tempo habita o mato. Com o ofá, arco e flecha que herdou do pai, ele caça.
No abébé, espelho que recebeu da mãe, ele se mira.
[ Lenda 64 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
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