YEMANJÁ - Yà-omo-ejà (mãe cujos filhos são peixes). Filha do deus do mar Olokum (em algumas culturas, Olokum é um orixá feminino), Yemanjá encontra-se no curso dos rios e quando chega à foz, estaria encontrando com seu pai. A saudação “Odoyá” significa Odo – rio / Yá – mãe. Algumas de suas qualidades são Ogunté (esposa de Ogun Alagbede), Sesu (esposa de Orunmilá), Sobà (mensageira de Olokum), Iamassê (mãe de Xangô). É mãe da maioria dos Orixás e de todas as cabeças. No Brasil, é cultuada com a Rainha dos Mares, sendo um dos orixás mais populares. Há um itàn (lenda) que descreve como se originou os oceanos. Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e quis tomá-la à força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Iemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu "caiu no mundo", desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, Iemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como as lágrimas, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte.
OXUM - seu nome deriva do rio Osun, que corre na região nigeriana de Ijexá. Os iorubás acreditam haver 16 qualidades de Oxum que se relacionam cada qual a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos, enquanto as mais jovens respondem pelos mais rasos. Divindade das águas doces, é a padroeira da gestação e da fecundidade. Deusa do amor, da prosperidade e da beleza, em sua qualidade Ipondá é a mãe de Logunedé. É chamada de Senhora do Ouro.
SEREIAS - figuras míticas da tradição grega, descritas como "terríveis criaturas com cabeças e vozes de mulheres, mas com corpos de pássaros, que existiam com o propósito de atrair marinheiros para as rochas de sua ilha com doces canções". Elas figuram uma das mais célebres obras da literatura universal, a Odisséia de Homero, que relata a aventura do herói grego Ulisses em sua viagem de volta para casa após a guerra de Tróia. Estas deidades, que habitavam rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália, tiveram suas imagens corrompidas através dos tempos e da oralidade, chegando ao termo atualmente conhecido de "metade-mulher, metade-peixe". E as figuras com cabeça de mulher e corpo de pássaro se consolidaram com a denominação de “Hárpias”, e são citadas no poema épico Eneida de Virgílio.
NEREIDAS – cinqüenta ninfas marinhas gregas, filhas do deus Nereu, este filho do Oceano, todos deuses do mar que antecederam o reinado de Posseidon (Netuno romano). Chamam-se Deuses Titânicos, ou seja, são os mais primitivos, antecessores dos deuses Olímpicos, que eram comandados por Zeus (Júpiter romano). As nereidas salvavam os náufragos, ao contrário das sereias, que os atraíam para a morte.
ONDINAS – são as nove filhas dos temíveis deuses marinhos nórdicos (vikings) Aegir e Ran. Os marinheiros ofereciam sacrifícios a essas divindades a fim de apaziguá-las, para poderem velejar sem contratempos.
IARA – figura folclórica brasileira, habitante dos rios, onde vive a banhar-se entoando melodia irresistível que encanta os homens e os atrai para o fundo dos rios. É temida pelos índios.
O que toda esta referência mitológica tem a ver com a Umbanda? Sabemos que a Umbanda “acomoda” várias manifestações religiosas sob sua nomenclatura. Não absorvemos completamente os conceitos primitivos do culto afro, apenas temos as referências dos Orixás como elementos da Natureza e sob tais irradiações organizam-se falanges, legiões de espíritos afins a tais vibrações. Yemanjá comanda a linha do Povo d’Água, de limpeza e descarrego, onde Nanã e Oxum também regem. Para tornarem mais fácil a nossa compreensão, as entidades tomam para si os nomes de Sereias, Nereidas, Ondinas e Iaras para que possamos alcançar dentro de nosso entendimento a qual vibração pertencem, qual tipo de trabalho exercem. Janaína, Inaê, Guiomar entre outras, de modo algum são qualidades de orixá; tratam-se de eguns (espíritos desencarnados) que têm a mesma sintonia e se aglutinam sob o mesmo propósito.
Estas deidades mitológicas são obras da imaginação do homem, que humaniza a divindade para poder compreendê-la, dentro de seus parâmetros. Sabemos que como médiuns, captamos a influência de espíritos que como nós também foram humanos quando encarnados. Portanto, a impossibilidade de um ser humano ter cauda de peixe obriga-nos a observar com atenção às “incorporações” destas entidades, onde os médiuns ficam ao chão “batendo pernas”, se arrastando ou rolando. Doutrina mediúnica é importante neste momento. A maioria dos médiuns é consciente, e de um modo geral, a sua vontade prevalece ao lado da vibração da entidade. Cabe aos médiuns mais experientes “moldarem” os iniciantes, para que estes tipos de manifestações bizarras não se tornem um vício.
OXUM - seu nome deriva do rio Osun, que corre na região nigeriana de Ijexá. Os iorubás acreditam haver 16 qualidades de Oxum que se relacionam cada qual a uma profundidade desse rio. As mais velhas ou mais antigas são encontradas nos locais mais profundos, enquanto as mais jovens respondem pelos mais rasos. Divindade das águas doces, é a padroeira da gestação e da fecundidade. Deusa do amor, da prosperidade e da beleza, em sua qualidade Ipondá é a mãe de Logunedé. É chamada de Senhora do Ouro.
SEREIAS - figuras míticas da tradição grega, descritas como "terríveis criaturas com cabeças e vozes de mulheres, mas com corpos de pássaros, que existiam com o propósito de atrair marinheiros para as rochas de sua ilha com doces canções". Elas figuram uma das mais célebres obras da literatura universal, a Odisséia de Homero, que relata a aventura do herói grego Ulisses em sua viagem de volta para casa após a guerra de Tróia. Estas deidades, que habitavam rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália, tiveram suas imagens corrompidas através dos tempos e da oralidade, chegando ao termo atualmente conhecido de "metade-mulher, metade-peixe". E as figuras com cabeça de mulher e corpo de pássaro se consolidaram com a denominação de “Hárpias”, e são citadas no poema épico Eneida de Virgílio.
NEREIDAS – cinqüenta ninfas marinhas gregas, filhas do deus Nereu, este filho do Oceano, todos deuses do mar que antecederam o reinado de Posseidon (Netuno romano). Chamam-se Deuses Titânicos, ou seja, são os mais primitivos, antecessores dos deuses Olímpicos, que eram comandados por Zeus (Júpiter romano). As nereidas salvavam os náufragos, ao contrário das sereias, que os atraíam para a morte.
ONDINAS – são as nove filhas dos temíveis deuses marinhos nórdicos (vikings) Aegir e Ran. Os marinheiros ofereciam sacrifícios a essas divindades a fim de apaziguá-las, para poderem velejar sem contratempos.
IARA – figura folclórica brasileira, habitante dos rios, onde vive a banhar-se entoando melodia irresistível que encanta os homens e os atrai para o fundo dos rios. É temida pelos índios.
O que toda esta referência mitológica tem a ver com a Umbanda? Sabemos que a Umbanda “acomoda” várias manifestações religiosas sob sua nomenclatura. Não absorvemos completamente os conceitos primitivos do culto afro, apenas temos as referências dos Orixás como elementos da Natureza e sob tais irradiações organizam-se falanges, legiões de espíritos afins a tais vibrações. Yemanjá comanda a linha do Povo d’Água, de limpeza e descarrego, onde Nanã e Oxum também regem. Para tornarem mais fácil a nossa compreensão, as entidades tomam para si os nomes de Sereias, Nereidas, Ondinas e Iaras para que possamos alcançar dentro de nosso entendimento a qual vibração pertencem, qual tipo de trabalho exercem. Janaína, Inaê, Guiomar entre outras, de modo algum são qualidades de orixá; tratam-se de eguns (espíritos desencarnados) que têm a mesma sintonia e se aglutinam sob o mesmo propósito.
Estas deidades mitológicas são obras da imaginação do homem, que humaniza a divindade para poder compreendê-la, dentro de seus parâmetros. Sabemos que como médiuns, captamos a influência de espíritos que como nós também foram humanos quando encarnados. Portanto, a impossibilidade de um ser humano ter cauda de peixe obriga-nos a observar com atenção às “incorporações” destas entidades, onde os médiuns ficam ao chão “batendo pernas”, se arrastando ou rolando. Doutrina mediúnica é importante neste momento. A maioria dos médiuns é consciente, e de um modo geral, a sua vontade prevalece ao lado da vibração da entidade. Cabe aos médiuns mais experientes “moldarem” os iniciantes, para que estes tipos de manifestações bizarras não se tornem um vício.
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