sábado, 19 de julho de 2008

Relação Encarnados x Desencarnados - Mediunidade - Chakra Umeral e Incorporação

INFLUÊNCIA OCULTA DOS ESPÍRITOS EM NOSSOS PENSAMENTOS E ATOS

459. Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?

“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles que vos dirigem.”

460. De par com os pensamentos que nos são próprios, outros haverá que nos sejam sugeridos?

“Vossa alma é um Espírito que pensa. Não ignorais que, freqüentemente, muitos pensamentos vos acodem a um tempo sobre o mesmo assunto e, não raro, contrários uns aos outros. Pois bem! No conjunto deles, estão sempre de mistura os vossos com os nossos. Daí a incerteza em que vos vedes. É que tendes em vós duas idéias a se combaterem.”

461. Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos?

“Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que alguém vos fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar. Afinal, não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é útil que não saibais fazê-la. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade. Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho, maior será a sua responsabilidade.”

463. Diz-se comumente ser sempre bom o primeiro impulso. É exato?

“Pode ser bom ou mau, conforme a natureza do Espírito encarnado. É sempre bom naquele que atende às boas inspirações.”

464. Como distinguirmos se um pensamento sugerido procede de um bom Espírito ou de um Espírito mau?

“Estudai o caso. Os bons Espíritos só para o bem aconselham. Compete-vos discernir.”

465. Com que fim os Espíritos imperfeitos nos induzem ao mal?

“Para que sofrais como eles sofrem.”

a) — E isso lhes diminui os sofrimentos?

“Não; mas fazem-no por inveja, por não poderem suportar que haja seres felizes.”

466. Por que permite Deus que Espíritos nos excitem ao mal?

“Os Espíritos imperfeitos são instrumentos próprios a pôr em prova a fé e a constância dos homens na prática do bem. Como Espírito que és, tens que progredir na ciência do infinito. Daí o passares pelas provas do mal, para chegares ao bem. A nossa missão consiste em te colocarmos no bom caminho. Desde que sobre ti atuam influências más, é que as atrais, desejando o mal; porquanto os Espíritos inferiores correm a te auxiliar no mal, logo que desejes praticá-lo. Só quando queiras o mal, podem eles ajudar-te para a prática do mal. Se fores propenso ao assassínio, terás em torno de ti uma nuvem de Espíritos a te alimentarem no íntimo esse pendor. Mas, outros também te cercarão, esforçando-se por te influenciarem para o bem, o que restabelece o equilíbrio da balança e te deixa senhor dos teus atos.”

É assim que Deus confia à nossa consciência a escolha do caminho que devamos seguir e a liberdade de ceder a uma ou outra das influências contrárias que se exercem sobre nós.

467. Pode o homem eximir-se da influência dos Espíritos que procuram arrastá-lo ao mal?

“Pode, visto que tais Espíritos só se apegam aos que, pelos seus desejos, os chamam, ou aos que, pelos seus pensamentos, os atraem.”

468. Renunciam às suas tentativas os Espíritos cuja influência a vontade do homem repele?

“Que querias que fizessem? Quando nada conseguem, abandonam o campo. Entretanto, ficam à espreita de um momento propício, como o gato que tocaia o rato.”

469. Por que meio podemos neutralizar a influência dos maus Espíritos?

“Praticando o bem e pondo em Deus toda a vossa confiança, repelireis a influência dos Espíritos inferiores e aniquilareis o império que desejem ter sobre vós. Guardai-vos de atender às sugestões dos Espíritos que vos suscitam maus pensamentos, que sopram a discórdia entre vós outros e que vos insuflam as paixões más. Desconfiai especialmente dos que vos exaltam o orgulho, pois que esses vos assaltam pelo lado fraco. Essa a razão por que Jesus, na oração dominical, vos ensinou a dizer: “Senhor! não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.”

470. Os Espíritos, que ao mal procuram induzir-nos e que põem assim em prova a nossa firmeza no bem, procedem desse modo cumprindo missão? E, se assim é, cabe-lhes alguma responsabilidade?

“A nenhum Espírito é dada a missão de praticar o mal. Aquele que o faz, fá-lo por conta própria, sujeitando-se, portanto, às conseqüências. Pode Deus permitir-lhe que assim proceda, para vos experimentar; nunca, porém, lhe determina tal procedimento. Compete-vos, pois, repeli-lo.”

472. Os Espíritos que procuram atrair-nos para o mal se limitam a aproveitar as circunstâncias em que nos achamos, ou podem também criá-las?

“Aproveitam as circunstâncias ocorrentes, mas também costumam criá-las, impelindo-vos, mau grado vosso, para aquilo que cobiçais. Assim, por exemplo, encontra um homem, no seu caminho, certa quantia. Não penses tenham sido os Espíritos que a trouxeram para ali. Mas, eles podem inspirar ao homem a idéia de tomar aquela direção e sugerir-lhe depois a de se apoderar da importância achada, enquanto outros lhe sugerem a de restituir o dinheiro ao seu legítimo dono. O mesmo se dá com relação a todas as demais tentações.”

(FONTE: KARDEC, Allan – ‘O Livro dos Espíritos’ – Parte Segunda, Capítulo IX)

DO PAPEL DOS MÉDIUNS NAS COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS

Como distinguir se o Espírito que responde é o do médium, ou outro?

“Pela natureza das comunicações”. (...)

O Espírito, que se comunica por um médium, transmite diretamente seu pensamento, ou este tem por intermediário o Espírito encarnado no médium?

“O Espírito do médium é o intérprete, porque está ligado ao corpo que serve para falar e por ser necessária uma cadeia entre vós e os Espíritos que se comunicam, como é preciso um fio elétrico para comunicar à grande distância uma notícia e, na extremidade do fio, uma pessoa inteligente, que a receba e transmita.”

O Espírito encarnado no médium exerce alguma influência sobre as comunicações que deva transmitir, provindas de outros Espíritos?

“Exerce, porquanto, se estes não lhe são simpáticos, pode ele alterar-lhes as respostas e assimilá-las às suas próprias idéias e a seus pendores; não influencia, porém, os próprios Espíritos, autores das respostas; constitui-se apenas em mau intérprete.”

10ª Dessas explicações resulta, ao que parece, que o Espírito do médium nunca é completamente passivo?

“É passivo, quando não mistura suas próprias idéias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre indispensável, como o de um intermediário”. (...)

(FONTE: KARDEC, Allan – ‘O Livro dos Médiuns’ – Parte Segunda, Capítulo XIX)

CHAKRA MEDIÚNICO – INCORPORAÇÃO

CHAKRA palavra originária do sânscrito significa ‘roda ou disco’. Ficam na superfície do perispírito. São centros de energia fluídica, responsáveis pela irrigação de vitalidade, pois captam o Prana - o combustível essencial da vida. Por estarem localizados no Duplo Etéreo, não são visíveis aos olhos humanos. O Duplo Etéreo é composto de um fluído denso, um pouco mais sutil que a nossa matéria carnal, tem a mesma forma do corpo físico e ocupa um espaço de cerca de 1 a 2 cm sobre o corpo material.

Cada chakra tem um ou mais plexos responsáveis pela parte nervosa do corpo carnal que corresponde perfeitamente, na parte física do indivíduo, ao Centro de Força que está localizado no Perispírito ou Corpo Astral. Os chakras também atuam em várias áreas do corpo com a finalidade de dar manutenção necessária à máquina humana. Os chakras magnos são 7, porém vamos nos ater àquele que é fundamental no que concerne aos fenômenos mediúnicos.

CHAKRA UMERAL: Fica nas costas, na altura da omoplata esquerda (entre e sobre o pulmão esquerdo. Indicado pela letra ‘D’ na figura acima). É o chakra espiritual, pois através dele que as energias se conectam. É o chakra mediúnico e de proteção, porque equilibra as energias positivas e negativas em excesso. É um gerenciador energético. É através dele que recebemos, em primeiro lugar, todos os contatos espirituais. É composto de 02 hélices ou pétalas que giram no sentido horário quando captam energias (incorporação) e no anti-horário quanto repelem energias (desincorporação). Tem coloração variável, mas o azul claro e o verde são predominantes. Oscila entre as outras matizes de acordo com a energia que está sendo captada.

(FONTE: trecho da apostila do curso no T.U.E. Caboclo Mata Virgem)

Assim explica-se o fato das entidades desenvolvedoras aplicarem passes nas costas dos iniciantes como forma de estimular o chakra umeral a receber e se acostumar às energias que são estranhas ao corpo espiritual do médium. Cabe ressaltar que o passe é a imposição das mãos à distância do corpo do receptor, sem toques, cutucadas, puxões, empurrões e outros tipos de abordagens inconvenientes que apenas causam desconforto e atrapalham a concentração.

As primeiras incorporações se dão de forma desequilibrada, com movimentos corporais bruscos e descontrolados, porque há um ‘choque’ entre a vibração da entidade e a do médium. O desenvolvimento tem o papel de burilar tais energias, a fim de que a sintonia entre o guia e o médium se estabeleça e com o aperfeiçoamento deste mecanismo, a incorporação se dê naturalmente. O medo, insegurança e questões de foro íntimo são fatores que dificultam o processo. Exercícios de auto-conhecimento, relaxamento e concentração, estudo, banhos ritualísticos, entre outros procedimentos, dão suporte necessário à transposição de tais barreiras.

Somos suscetíveis às influências espirituais de diversas ordens de acordo com nossas tendências. O desenvolvimento mediúnico nos torna aptos a distinguir os guias dos mistificadores, a reconhecer qual entidade nos auxilia a nível intuitivo etc. Faz-se mister a compreensão dos limites de cada um, pois a faculdade da incorporação não se dá por igual em todos os casos. Há os passistas, de descarrego, de consulta, desenvolvedores e os que alcançam a responsabilidade de dirigente espirituais.

Quando mediunizados, não nos ausentamos por completo da matéria; nossos laços fluídicos se afrouxam, mais em alguns que noutros, o que determina o nível da consciência mediúnica. O que não é captado pelos sentidos corporais é registrado pelo perispírito, ficando em nossa memória como lembranças vagas ou muito consistentes. No início é natural pairar dúvidas sobre estar ou não incorporado, mas com o tempo, a percepção mostrará que os ‘pensamentos e atitudes’ não são provenientes da nossa vontade. É no desenvolvimento, quando a personalidade do 'aparelho' prevalece mais que a atuação da entidade, o momento propício para a doutrinação, a fim de moldar o médium, suprimindo futuros vícios.

(FONTE: considerações da administração do blog)

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