
Um dia, esquecendo-se das palavras do adivinho, Ipondá convidou Erinlé para um banho no rio. Mas as águas lavaram o mel de seu corpo e as folhas do disfarce se desprenderam. Erinlé percebeu imediatamente como tinha sido enganado e abandonou Oxum para sempre. Foi-se embora sem olhar para trás.
Oxum estava grávida; deu à luz Logum Edé. Logum Edé é metade Oxum, a metade rio, e é metade Erinlé, a metade mato.
Suas metades nunca podem se encontrar e ele habita num tempo o rio e noutro tempo habita o mato. Com o ofá, arco e flecha que herdou do pai, ele caça.
No abébé, espelho que recebeu da mãe, ele se mira.
[ Lenda 64 do Livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
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